quarta-feira, 2 de dezembro de 2009

Oficina Projeto/Portfólio

Oficina Projeto/Portfólio
Itabuna, 07 e 08.10.09

O Portólio se constitui para o Gestar uma possibilidade rica de avaliação do processo educativo do aluno. Através do Portfólio o docente pode acompanhar o seu desenvolvimento psicomotor, cognitivo, afetivo num processo específico. Por isso, o cursista, que irá desenvolver uma avaliação das aprendizagens dos seus alunos através do Portfólio, precisava de uma Oficina específica para seu conhecimento a respeito do Portfólio, visto que para muitos é novidade. Esta Oficina primou por um detalhado estudo e reflexão desse instrumento aliando teoria e prática.
No primeiro momento utilizamos o lúdico para introduzir os trabalhos. As palavras descoberta, construção, criticidade, reflexão, desafio, experiência, aprendizagem, dinamismo foram relacionadas a música “Tocando em frente” de Almir Satre com o intuito de abrir o professor para o novo, para mais um desafio que se anunciava. Fortalecendo esse momento e buscando um trabalho articulado, coletivo feito beseado na interação, desenvolvemos uma dinâmica que mostrou exatamente a necessidade da articulação entre as partes para obtenção de resultados concretos na confecção do Portfólio. Fundamentamos o assunto com a leitura em grupo do texto “O que é e por que usar o Portfólio?” de Cedna Maria Lelis e o texto “Elementos necessários ao Portfólio/ Critérios de Avaliação” organizado pelos especialistas do Programa. Foi um momento de muitas dúvidas e muitos questionamentos para os quais foram mediados e solucionados. Após esse momento partimos para a prática na construção de um portfólio utilizando como temática todas as oficinas. A atividade demandou bastante tempo, mas os resultados foram fantásticos. Através das avaliações dos cursistas pudemos avaliar a dimensão desse momento prático para a compreensão e construção do Portfólio que eles terão que efetivar.

Oficina TP2 - Unidade 06

Oficina TP2 – Unidade 06

Na oficina TP2 – Com o objetivo de discutir as concepções de gramática, tipos de ensino e análise lingüística os cursistas foram convidados a cantar a música Morda minha língua, de Péri que por sinal os envolveu de tal forma que pediram para copiar . A partir daí todas as atividades em grupo concorreram para a reflexão e sistematização dos assuntos (Tipos de gramática e seus tipos de ensino e como trabalhar a análise lingüística). A abordagem desses pontos aconteceu através da aplicação de dinâmicas momento em que os cursistas fariam relações entre gramática e o tipo de ensino.
Após a leitura da fundamentação teórica e alguns trechos dos resumidos ficou claro que não se pode usar uma língua sem usar a sua gramática. Alguns professores não se davam conta disso e ao trabalhar com seus alunos só vislumbrava a Gramática normativa. Isso não nos surpreende na medida em que sabemos que a maioria dos professores não tem tempo para pesquisa e leituras. Esse fato tem contribuído para o comodismo do professor na busca de conhecimentos de como tratar devidamente a língua.
Depois da atividade prática de como explorar a lingüística textual e refletirmos algumas atividades do AAA reconheceram a importância de não perder de vista as diversas gramáticas que o falante domina e que têm de compreender para assegurar o desenvolvimento da capacidade do aluno para usar a língua em situações diversas de grau de formalidade. Portanto, não priorizar a padrão como única e exclusiva da escola. Ficou assim a esperança de que os cursistas a partir dessas reflexões pudessem se reorientar para preparar aulas dinâmicas, contextualizadas e imprescindíveis ao convívio do aluno em sociedade.

terça-feira, 1 de dezembro de 2009

Oficina TP1 - Unidade 02

Oficina TP1 – Unidade 02

Na oficina TP1 – seu objetivo foi alcançado com facilidade. O assunto e a forma como foram tratados sensibilizaram os cursistas a mergulharem numa reflexão sadia e profunda. Foram vivenciadas atividades de análise de ocorrência lingüísticas que retrataram diferentes dialetos em situações sócio-comunicativas diferentes, vislumbrando o seu funcionamento morfológico, sintático, semântico, fonológico etc Os professores estão convictos da necessidade de ressignificar conceitos em relação ao potencial do falante de uma sociedade. Eles disseram saber que a língua não se apresenta uniforme e única, mas que a norma culta é a que o aluno tem que aprender porque é a escolhida como norma padrão de prestígio usada não só nos documentos oficiais, como também em concursos, vestibular etc
Na realidade o sujeito precisa ser trabalhado para que esse equívoco seja desmistificado, visto que todos os dialetos se equivalem, em termos de eficiência comunicativa. Nesse caso a língua padrão tem que ser vista também como uma variante que precisa ser conhecida pelos falantes que dela possam precisar. Assim, é necessário como professor, criar oportunidades para que esses alunos trabalhem textos que exemplifiquem diversas situações comunicativas, pois cada um representa o grupo social que convive e que, cada um, desempenha funções e papeis diferentes como falante. Ficou posto no decorrer dos trabalhos e respaldado pelas avaliações dos cursistas, que desenvolver no sujeito a competência para a leitura e produção de textos diversos que contemplem situações sócio-comunicativas diferenciadas deve ser o objetivo central do trabalho do professor em sala de aula. Muitos gostaram do TP e do AAA porque trazem muitas sugestões de atividades que podem ajudá-los a se libertarem mais do ensino puramente prescritivo. Essas reflexões mostram que os professores estão no caminho certo e que concordam com a proposta do Gestar.

Oficina TP6 - Unidade 22

Oficina TP6 – Unidade 22

Aplicada nos dias 11 e 12.11.09 conforme formatação unificada, no último encontro de formação com a UNB propôs uma reflexão acerca da Argumentação, cujas turmas envolvidas se integraram com bastante vontade, vislumbrando os objetivos preestabelecidos que eram refletir sobre os tipos de argumentação e identificar estratégias relacionadas ao planejamento de escrita de textos.
Envolvemos os cursistas em atividades que aliavam teoria à pratica e isso foi um sucesso, visto que eles disseram poder também fazê-las com seus alunos.
Socializamos nesse encontro muitas experiências interessantes. O TP e o AAA ajudaram a respaldar um trabalho diferenciado e dinâmico, sem falar nas sugestões de atividades que ali se encontram. Outro fato curioso foi o professor declarar que descobriu que a argumentação está presente em outros textos e não só no dissertativo e que há tipos de argumentação. O argumento que mais prevaleceu nessa oportunidade foi o de autoridade, visto que a teoria traz reflexões mais sistematizadas e de cunho científico, que nos ajudam a buscar caminhos que nos orientem no trabalho com a língua em sala de aula. Este conteúdo contribuiu muito com o fazer do professor em sala de aula. A forma como o assunto é trabalhado no TP e foi refletido na Oficina abriu horizontes, na medida em que considera o caráter argumentativo da linguagem A consciência disso faz das aulas de produção ir além da superficialidade do texto, alcançando o que subjaz a sua textualidade a saber, o discurso. Foi mais uma Oficina realmente construtiva e proveitosa.

Oficina TP5 - Unidade 18

Oficina TP5 – Unidade 18
A oficina TP5 – Unidade 18 tratou de Estilo e Coerência cujo objetivo estabelecido foi “Compreender a noção de Estilo e como se constrói a Coerência nos textos”. Esta Oficina foi organizada no capricho. Arrumamos a sala com cartazes que retratavam os estilos diferentes como moda, literatura, arquitetura, comida, vestuário, esculturas, calçados etc. Começamos falando de estilo com a atividade Por que o frango atravessou a estrada? Com a montagem do texto por cinco voluntários. De forma coletiva fizemos a conexão entre as partes do texto, observando a coerência e o uso estilístico de produção. Foi apresentado no data show textos curtos com a fala de algumas personalidades da TV, do mundo político e artística para o cursista tentar descobrir de que autor se tratava. Essa duas dinâmicas aqueceram a todos, que riram muito ao tempo em que tratou do assunto trazendo à tona seus conhecimentos prévios e ampliando esses conhecimentos com a fala dos demais colegas e da formadora. Nesse momento fizemos a conexão com os cartazes afixados na parede. Para aprofundar o conhecimento e reflexões mais sistematizadas, dividimos os cursistas em grupo que fizeram a leitura e resumo do texto de referência, mostrando que é possível compreender o sentido de texto retirando os morfemas. Nosso cuidado durante todo o trabalho era mostrar ao professor que dependendo da escolha dos recursos expressivos podia-se produzir efeitos de sentido também motivados pela emoção do falante. Passemos pelo TP comentando algumas atividades ou lendo alguns resumindos como forma de sistematizar o assunto e provocar o professor cursista a ler o TP. Apresentamos também O tipos de coerência de IngdoreIsso surte um efeito muito bom visto que alguns cursistas se surpreendem com a riqueza de informação existentes no TP. Os grupos analisaram ainda os AP correspondentes as unidades 17 e 18 e uma atividade do AAA destacando o objetivo, conteúdo, adequação à série e, em seguida socializaram. As avaliações dos cursistas foram satisfatórias visto que declararam ter aprendido mais sobre o assunto e também pelas inúmeras atividades práticas que descobriram existir no AAA.

Oficina TP4 - Unidade 14

Oficina TP4 – Unidade 14
Um dos maiores desafios do professor é lidar com a questão da diversidade cultural, social e lingüística do aluno. Esta Oficina TP4 – Unidade 14 trouxe uma reflexão muito apropriada para suscitar esclarecimentos e ressignificação de conceitos e postura diante de tal fato anunciado acima.
De forma bem dinâmica entramos em discussão sobre Letramento. A Oficina foi planejada com o objetivo de sistematizar e aprofundar reflexões sobre letramento, vivenciando situações de leitura e escrita. O que para isso de forma bem dinâmica entramos em discussão sobre letramento, ouvindo a música Meu caro amigo de Chico Buarque (após antecipação dos conhecimentos prévios pelo título) com a finalidade de extrairmos a situação comunicativa que se apresentava nos versos da canção, em que contexto ela foi produzida e sua relação com a proposta de letramento. Nesse momento e a partir daí não houve tempo para que os cursistas se desligassem dos trabalhos. Os resultados obtidos através do trabalho em grupo têm demonstrado que a interação entre colegas, formador e cursista e vice-versa têm proporcionado socializações, reflexões e trocas de experiências em sala muito ricas. Isso torna esse momento fundamental e indispensável na Oficina. Vivenciamos ainda atividades que envolveram situações práticas para análise, dramatizações de situações de letramento, leitura do texto de referência, páginas 54 e 55, leitura de alguns Avançando na Prática que contemplavam a proposta de letramento, elaboração de atividade didática, leituras de alguns trechos do TP4 que sistematizaram alguns pontos chaves da Oficina: conceito de letramento, alfabetização, iletrado, processo de letramento, importância da cultura, papel do professor e da escola, procedimento e estrutura de leitura etc
Diante disso, os professores fizeram uma avaliação muito positiva e declararam no diário de bordo (proposta de avaliação) o que aprenderam, o que ressignificaram e o que fariam dali por diante em relação ao trato com a língua portuguesa em sala de aula: “Aprendi que precisamos valorizar o conhecimento de mundo do outro...”, “não existe ser humano iletrado que viva numa sociedade de letrada”, “Letramento é vivência, aprendizado da vida”, “Pude refletir sobre aspectos relacionados à leitura (contexto, finalidade...) além da ideia de letramento”, “Percebi que preciso ampliar essa ideia...”, “Aprendi que meu aluno leva para sala de aula conhecimentos de mundo e o que precisa são condições para efetivar e ampliar seus conhecimentos através de um ensino e aprendizado de coisas significativas. O que tem interferido muitas vezes nas discussões da oficina é o tempo que faz policiar as falas e, consequentemente, as trocas de experiências. Contudo tem nos ajudado a falar de forma organizada o que é necessário.

segunda-feira, 30 de novembro de 2009

Oficina de Avaliação

Oficina de Avaliação

A Oficina de Avaliação objetiva discutir sobre as formas de avaliar, suas implicações e resultados no processo de ensino e de aprendizagem e, também, analisar e conhecer o sistema de avaliação do SAEB – Prova Brasil e ENEM.
Receita de Olhar de Roseane Murray introduziu a Oficina Avaliação para acolhimento da turma. Em seguida com a exibição de imagens de olhares diversos, o cursista foi motivado a dizer o que trouxe para a Oficina. Isso foi fundamental para estimular a participação ativa de todos. Ficou claro que avaliar é muito mais que quantificar valores de medição, é acima de tudo “diagnosticar” para de posse dos resultados se possa planejar ou replanejar ações para atender às necessidades, não só de quem aprende, mas também de quem ensina.
Nesta Oficina os professores tiveram a oportunidade de refletir sobre o que é currículo, avaliação interna e externa, suas modalidades , e alguns instrumentos . Através da “dinâmica do desenho” , fizemos o cursista desenhar, recortar, trocar partes, montar e colar uma flor, cujo resultado, além de comentar o processo, foi realizar uma avaliação negativa de algumas produções levando em consideração o ponto de vista do avaliador, na expectativa de provocar o cursista a falar a respeito desse processo: o que se avalia, como se avalia, para que se avalia e a quem se avalia. Foi um sucesso. A compreensão de necessidade de redimensionar realmente o ensinar e aprender vieram à tona . Depois das discussões esse momento foi fechado com a leitura do texto Avaliar para ensinar melhor de Denise Pellegrini. Ficou posto que não é possível dissociar o processo de ensinamento do processo de avaliação e que a desarticulação existente entre currículo-avaliação tem sido um problema que contribui para incoerência entre o discurso e a prática.
A Oficina foi muito proveitosa e gratificante. Sabemos que o processo educativo é complexo, cheio de exigências administrativas e curriculares, mas no meio das reflexões uma luz se acendeu e os professores entenderam que é preciso avaliar para garantir com os resultados, não só a melhor forma de ensinar, mas e sobretudo, a aprendizagem e o desenvolvimento do aluno.

domingo, 29 de novembro de 2009

Oficina: TP3 - Gêneros Textuais

A Oficina do TP3 – Unidade 10 foi muito rica em informações e isso exigiu uma mediação muito centrada na qualidade das discussões, primando pela interatividade significativa para o aprendizado.
A escolha deste assunto para fazer parte dos assuntos abordados pelo Gestar foi de uma sensibilidade incrível. Apesar do texto estar na sala de aula de todos os professores, na prática da Oficina percebeu-se que muitos cursistas não distinguiam as diferenças entre gêneros textuais e tipos textuais. Visando ao alcance do objetivo de caracterizar os gêneros textuais, os cursistas foram convidados a passear pela sala e observar os diversos textos existentes naquele ambiente ( colocados propositalmente) , para, em seguida, refletirem a partir de questionamentos lançados aos mesmos. Houve necessidade de se pontuar e estabelecer parâmetros que os orientassem na identificação e na classificação dos mesmos, através da leitura do texto de fundamentação, do TP3, páginas de 45 a 46 de Antônio Marcuschi e do Quadro sinóptico textual também de Marcuschi. Alguns tratavam gênero textual como tipo descritivo, dissertativo, narrativo, publicitário etc . Depois desse momento perceberam, com tranqüilidade, que todo texto se materializa em um gênero, definidos por propriedades sócio-comunicativas cumprindo suas funções nas dadas situações comunicativas. Continuamos envolvendo os cursistas numa série de atividades em grupo. Analisamos os Avançandos na Prática correspondentes às unidades da Oficina destacando objetivo, conteúdo, adequação à série e também atividades do AAA, págs. 47 a 51. Outra atividade importante foi quando os cursistas tiveram que planejar uma atividade de leitura, interpretação e produção textual para turmas de 5ª a 8ª séries a partir dos textos indicados, págs 190 e 191, doTP3. Foi um momento propício para sistematizar com enfoque nos elementos envolvidos na leitura e produção de textual e nas etapas de planejamento da escrita. Eles acharam muito enriquecedor este momento.
O roteiro da Oficina estava muito extenso e isso, no final, foi sentido e sinalizado por alguns cursistas: “foi muito produtiva, embora corrida, diante de tantas informações relevantes.”; “apesar da aula de hoje ter sido muito proveitosa, o tempo é pouco para muitas informações”. Outros por sua vez sinalizaram “... a Oficina foi muito dinâmica e aprendi muito”, “Foi ótima, através dela aprendi a diferenciar o que é tipologia e gêneros textuais, sei que é preciso ler mais sobre os mesmos”.
Detectada a dificuldade de alguns professores em relação ao assunto, convidei-os a ler o TP para consolidar a aprendizagem que ora se apresentava e me coloquei a disposição para plantão pedagógico para tirarmos eventuais dúvidas.

sábado, 28 de novembro de 2009

Pedagogia de Projetos



Oficina : Pedagogia de Projetos

Para introduzir a Oficina Pedagogia de Projetos, o acolhimento da turma com Renova-te, de Cecília Meireles foi crucial visto que sabíamos se tratar ainda de um tema rejeitado por parte de alguns professores e por ser um processo que traz à tona divergência e rejeição na sua elaboração e aplicação.
O tema Projeto desta Oficina suscitou muito aprendizado e ressignificação de conceito, pois uma parte dos cursistas nunca havia lido nada de teórico a respeito da pedagogia de projeto. Já havia participado de muitos projetos apresentados pela coordenação escolar ou por alguns colegas e não passava disso. Trecho do livro Pedagogia dos Projetos, de Nilbo Nogueira lido e refletido em grupo para socialização na sala foi muito importante porque trouxe além de conhecimento de organização e estruturação trouxe reflexões filosóficas a respeito, dentre outras coisas, da importância do envolvimento de todos, inclusive dos alunos, na elaboração de um projeto.
Todo passo a passo do roteiro de trabalho, atestava uma metodologia que aliava teoria e prática. Primeiro com dinâmica de reflexão sobre o planejamento de trabalho, estabelecimento de objetivos para o alcance de metas e, em momento posterior, análise de um projeto e uma atividade em grupo para esboçar um anti-projeto baseado no levantamento de problemática e temática. O que mais inquietou os grupos foi a falta de interesse pela leitura por parte dos alunos. A partir desse levantamento eles já levariam a idéia para discutir com a comunidade escolar com o objetivo de viabilizar a elaboração do Projeto a ser desenvolvido na unidade escolar. Como conseqüência, algumas sugestões de teóricos foram indicadas pela formadora e por alguns cursistas.
As turmas foram muito abertas às discussões. Questionaram, deram sugestões, expuseram suas inquietações e experiências, trocaram idéias interagindo sem medo e receio de serem verdadeiros. Foi nessa Oficina que conheci mais o perfil dos colegas cursistas.

Oficina: Introdutória

Gestar


Oficina: Introdutória
Primeiro encontro marcado por muitas expectativas. De um lado os cursistas querendo saber o que era esse Gestar II; do outro, eu querendo conhecer os colegas que fariam parte do meu grupo de trabalho. Previa, no entanto, que estaria diante de duas turmas que poderiam trazer muitas surpresas. Não foi diferente. Para minha alegria revi colegas e conheci muitos outros.
A Oficina Introdutória foi fundamental para a abertura do encontro, pois através dos procedimentos estabelecidos os cursistas foram se envolvendo no processo, ao tempo em que foram tirando dúvidas , conhecendo melhor todo o processo, descontraindo-se e interagindo num dinamismo de que vieram para ficar. A previsão era de em média 21 cursistas por turma, mas os imprevistos durante a espera do início fizeram muitos deles firmar outros compromissos, como matrícula no Pro formação, pós-graduação, desdobramento de carga horária e compromissos de trabalho em outras redes. Contudo, não tirou o brilhantismo em que o Gestar se fundamenta: fazer o melhor não só para muitos, mas para quem deseja e acredita que se pode mudar.
O Roteiro organizado previamente, em cima de dinâmicas diferenciadas, deu cobertura a explanação sobre todas as etapas do Programa: objetivo, concepção, deveres, direitos, ementa da disciplina, carga horária, estudos presenciais e individuais, projeto, aplicação de AP, portfólio etc . Dessa forma, era esperado uma participação ativa por parte dos cursistas, que se confirmou com seu entusiasmo e aceitação na assinatura do termo de compromisso para entrar de fato no programa. Todos saíram acreditando que dias agradáveis e de aprendizagens viriam pela frente.




Encontro de cursistas da minha turma
com cursistas de Marisete.









Cursista assinando o termo
de Compromisso.

quarta-feira, 8 de abril de 2009

"Cada um de nós constrói a sua própria

história e cada um carrega em si o dom

de ser capaz, de ser feliz"

Almir Sater/Renato Teixeira



terça-feira, 7 de abril de 2009

Reflexões sobre a formação do Gestar II
Período: 02 a 06/03/09
IAT/Salvador

Cheguei cheia de expectativas e sonhos para o encontro e contava com um banho de talentos e novidades. Mas nem tudo saiu perfeito ou a contento. A UNB organizou uma formação para novos professores formadores e quando Isabel tomou conhecimento de que a turma já vinha de uma formação com os próprios professores escritores dos TP, imediatamente partiu para uma reorganização das ações anteriormente planejadas. Ela conversou com toda a turma sobre o impasse instaurado. Ainda bem que os participantes apesar de questionadores e cobradores estavam também abertos ao diálogo, a troca e ao enfrentamento de desafios. Tudo deu certo.
Então partimos para o trabalho: estudo e análise dos AAA 3,4,5 e 6, (novidade para o programa) em grupo; discussões sobre gêneros textuais, através de dinâmica de grupo; exibição do filme “Narradores de Javé” , sobre o qual houve reflexões e trocas de idéias coletivas e entrega de tarefa para uma criação de um blog.
Poderíamos ter trocado maiores informações , mas o tempo inicial dispensados à abertura, na Escola Parque, nos privou certamente de interações muito importantes e necessárias para o estágio em que nos encontramos.

segunda-feira, 6 de abril de 2009

Algumas lembranças frutos de leituras




"Cada um de nós constrói a sua própria história e cada um carrega em si o dom
de ser capaz, de ser feliz
"
Almir Sater/Renato Teixeira


De novo ao meu passado. Inicio assim porque são poucos os momentos que me fazem contar sobre o meu passado. Lembro-me, às vezes, ao pé da cama de meus filhos quando os colocava para dormir. Ali conto fatos da minha vida como filha, mulher , estudante... Leio livros, conto estórias, rezo... Igualzinho como meus pais faziam comigo. Os meninos sempre gastavam e continuam gostando.
Posso dizer que fui nascida em berço de ouro e educada por pais iluminados. Meu acesso a livros se deu muito cedo. Primeiro com os livros de estórias. Passei a minha infância ouvindo estórias lidas ou inventadas, por minha mãe ou pela babá, sobre príncipes, lobisomem e bruxas. Diante das narrativas eu buscava curiosamente as cenas contadas ou as imaginava. Lembro que meu pai não poupava esforços para compra de livros. Afirmava não haver desculpas para não estudar. Outro momento de contato com o livro era quando eu brincava com minhas bonecas ou amigas. Diante delas abria o livro e fingia ler estórias ouvidas ou inventadas por mim. Era um mundo encantado , divertido e muito enriquecedor.
Quando fui para a escola me alfabetizar já conhecia algumas letras aprendidas em casa, antes dos meus seis anos. A partir daí minhas leituras mudaram. No meu primeiro ano escolar li a cartilha ALICE, que reunia textos curtos e criados só para destacar o assunto a ser aprendido e estudado: letras, sílabas, palavra etc. Nossa, eu achava linda aquela menina bem arrumadinha, feliz e inteligente na capa do livro! Nessa época minhas leituras voltaram-se para estudar, decorar e repetir, para a professora ouvir e corrigir. O meu processo de alfabetização foi bastante metódico e sistemático no qual a professora ensinava e o aluno reproduzia. A leitura existia apenas para ser decodificada e lida com entonação. Paralelo a isso, em casa, conhecia cada vez mais fábulas de Fontaine e de outros autores similares.
Meu pai acreditava tanto na leitura, mesmo a despeito de só ter cursado até a 5ª série, que nos presenteava com livros e livros para atender a todas as finalidades: entretenimento, pesquisa, saúde, estudo etc. Aos doze anos ganhei “Moça”, livro para minha instrução e conhecimento sobre a sexualidade feminina. Li o livro todo, porque o tema muito me atraiu.
Ainda não foi no fundamental I que a escola me proporcionou leituras agradáveis. Ainda estava ligada a estudos para responder deveres e provas. Em contrapartida, o fundamental II já se apresentou mais aberto a leituras para entretenimento e reflexões de textos variados. Nessa época conheci os clássicos que enfeitavam a estante de minha casa: Machado de Assis, José de Alencar, Cecília Meireles, Carlos Drummond de Andrade, e outros. No ensino médio com a professora de Literatura, li textos de Graciliano Ramos, Aluísio de Azevedo e Visconde de Taunay que enfatizavam as injustiças sociais e a discrepância das classes sociais. Muitas dramatizações foram realizadas para públicos diversos a partir dessas leituras. Descobri assim a magia de escrever textos para encenar. Contava-se de dedo os alunos que não se envolviam nas leituras e nos trabalhos. Já na universidade, com a paixão da minha professora Tica, pude vivenciar deliciosas descobertas em com Gregório de Matos e Fernando Pessoa escritores de trabalho muito peculiar e surpreendente.
Como profissional na arte de ensinar, outras leituras entraram na minha vida. Textos que me completam e me enriquecem como: Ingedore, Ângela Kleiman, Magda Soares, romances conteporâneos etc.
Assim posso afirmar que a leitura é a base do conhecimento e que deve fundamentalmente estar presente na vida de todo e qualquer cidadão.